Não, não é aquela do distintivo do Botafogo; o time carioca
tem muitas glórias. Também não é o planeta Vênus, que nem é estrela e nem
brilha sozinha por muito tempo. A estrela solitária é Cristiano Ronaldo, para
muitos o melhor jogador do mundo.
Quando atua na seleção de seus país, Cristiano deixa de ser
craque. Torna-se um jogador desesperado, desanimado, triste de ver ao seu redor
jogadores tão abaixo de seus colegas de clube. Falta empenho, falta ímpeto,
falta mesmo, eu diria, amor ao seu país. Cristiano Ronaldo sempre deixa a
impressão de que o importante não é defender as cores de Portugal, e sim que
ele brilhe, que tenha espaço para demonstrar todo seu inegável talento. E todo
mundo sabe que Copa do Mudo não é isso.
Em uma Copa, conta muito o senso de coletividade, um certo
apego pátrio, que Cristiano Ronaldo parece não ter. Pior que ele faz o zagueiro
equino Pepe. Este, sem apego a Portugal, o brasileiro naturalizado preocupa-se
muito mais em demonstrar ao mundo inteiro que é "cabra macho" do que
em defender as cores lusitanas. Foi expulso em uma jogada simples, por ter
agredido covardemente o adversário com um tapa e, posteriormente, com uma
chifrada. Penso que os africanos, ou descendentes de africanos, também não
conseguem, por razões óbvias, defender Portugal com aquele senso de
coletividade; talvez, interesse mais a eles estar em uma Copa do Mundo do que
ver seu próprio time conquistando uma posição de destaque. Portugal carece da
globalização e de sua colonização covarde.
Voltemos ao craque Cristiano Ronaldo. Sua postura em campo
parece a de um rei em busca de súditos. CR7 é o típico rei menos o reino. Para
ele, a seleção que defende não passa de um detalhe, de um grupo formado ao
acaso, estruturado para que ele brilhe. Se os demais jogadores não brilham
colocando a bola no pé de Cristiano Ronaldo, não servem. É por isso que
Cristiano Ronaldo ainda é um excelente jogador… de clubes. Suas atuações de
gala na repescagem para a Copa do Mundo não desmentem essa afirmação. Contra a
Suécia de outro craque egocêntrico, Ibrahimovic, a disputa foi justamente entre
egos, não entre seleções, e o português levou a melhor, por ser o melhor do
momento.
Ronaldo não marca, não compõe a defesa, não está n aí para o
que acontece no jogo enquanto a bola não chegar aos seus pés. A seleção
portuguesa, entre mediana e ruim, não está à altura de seu principal craque e
não joga mais motivada por tê-lo no time, exatamente o contrário do que ocorre
com a Costa do Marfim em relação a Drogba. Os marfinenses eram um time
encaixotado sem o craque africano em campo, e outro, muito melhor, após sua
entrada no jogo. Drogba se integra e entrega ao time; Ronaldo, só sabe brilhar
sozinho.
Os marfinenses, limitados, podem chegar a algum lugar
especial na Copa; Cristiano Ronaldo, preocupado em ser o craque da Copa, tem
grandes chances de ir pra casa na primeira leva de derrotados.
Enquanto isso, a seleção alemã segue tranquila, dominando a
bola, jogando bonito e fazendo muitos gols. Com muitos jogadores excelentes e
apurado senso de grupo, mais uma vez, é candidata ao título.
Nenhum comentário:
Postar um comentário