terça-feira, agosto 19, 2008

Eleições e Olimpíadas




Se lá na década de oitenta o horário eleitoral gratuito tinha programas engraçados, engajados, ideológicos, o que vemos agora é de dar dó, não dos candidatos, mas de nós, eleitores/telespectadores – se bem que muitos de nós têm os políticos que merecem.

Vejamos algumas frases cheias de conteúdo e bastante persuasivas dos candidatos a vereador em São Paulo: “Sou esposa do Maguila”

“Sou o advogado do Ratinho”; “Balança! Respeite os animais...”; “Quem disse que Educação não é importante?”; “Estou cansada de tudo isso que está aí”; “Corinthiano vota em corinthiano”; “Minhas duas paixões foram o Corinthians (de novo!?), e o esporte; agora, quero o seu voto” (show de coerência...); “São Paulo não pode parar”; “Saúde e educação são fundamentais, vote fulano, 00 00 0”; “Fulana! Sangue novo! Arrebentando a boca do balão! 00 (estoura uma bexiga) 00 (estoura outra bexiga) 0!”; “Quero ser a sua voz na Câmara Municipal, sicrano, 00 00 0, com beltrano prefeito”; “Que Deus nos abençoe, quero trabalhar com geração de empregos e projetos sociais”; “Na hora de votar, seja usado por Deus, fulano, 00 00 0, eita Deus!”.
Houve um candidato que fez apenas uma embolada declamando seu número.
“Ensino técnico nas escolas municipais” (esse desconhece completamente a lei, que proíbe investimentos municipais fora da Educação Infantil e do Ensino Fundamental).
“Sou pela família”; “Peroba neles!” são outros discursos que nos pedem voto.
Escrever um texto falando sobre o nível de nossos políticos, sobre a ineficácia do horário eleitoral como um canal útil para que escolhamos nossos candidatos, sobre como a política é esculhambada? As falas dos candidatos já não dizem tudo?

Mudando de assunto: Seria Michael Phelps o primo rico e menos maltratado pela vida de Carlito Tevez?
E dizem que Phelps está analisando qual seria a melhor proposta de possíveis namoradas. As medalhas de ouro e a exposição na mídia são capazes de fazer milagres. Tirem as medalhas, coloquem uma touca de torcida organizada, uma caixa de suflair em suas mãos e o joguem dentro de um vagão de trem saído de Itapevi, e vejamos se choverá mulher na horta do nerd (tenho inveja sim, e daí!?) das piscinas.
Assim que as Olimpíadas terminarem, essa página fará uma análise fria e objetiva sobre a participação brasileira nos jogos. Mas adianto que tivemos de tudo, como vocês têm visto: de cavalo manco a vara perdida, de piadas involuntárias dos locutores e sonoplastas a derrotas vexatórias em esportes coletivos, sem falar das rasteiras do destino em nossos atletas...

Um comentário:

Quase nada... disse...

O que podemos fazer???

Brasil-sil-sil-sil!!!!!rs

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