Se lá na década de oitenta o horário eleitoral gratuito tinha programas engraçados, engajados, ideológicos, o que vemos agora é de dar dó, não dos candidatos, mas de nós, eleitores/telespectadores – se bem que muitos de nós têm os políticos que merecem.
Vejamos
algumas frases cheias de conteúdo e bastante persuasivas dos candidatos a vereador
em São Paulo: “Sou esposa do Maguila”
“Sou o advogado do Ratinho”; “Balança! Respeite os animais...”; “Quem disse que
Educação não é importante?”; “Estou cansada de tudo isso que está aí”; “Corinthiano
vota em corinthiano”; “Minhas duas paixões foram o Corinthians (de novo!?), e o
esporte; agora, quero o seu voto” (show de coerência...); “São Paulo não pode
parar”; “Saúde e educação são fundamentais, vote fulano, 00 00 0”; “Fulana!
Sangue novo! Arrebentando a boca do balão! 00 (estoura uma bexiga) 00 (estoura
outra bexiga) 0!”; “Quero ser a sua voz na Câmara Municipal, sicrano, 00 00 0,
com beltrano prefeito”; “Que Deus nos abençoe, quero trabalhar com geração de
empregos e projetos sociais”; “Na hora de votar, seja usado por Deus, fulano,
00 00 0, eita Deus!”.
Houve um
candidato que fez apenas uma embolada declamando seu número.
“Ensino
técnico nas escolas municipais” (esse desconhece completamente a lei, que
proíbe investimentos municipais fora da Educação Infantil e do Ensino
Fundamental).
“Sou pela
família”; “Peroba neles!” são outros discursos que nos pedem voto.
Escrever um
texto falando sobre o nível de nossos políticos, sobre a ineficácia do horário
eleitoral como um canal útil para que escolhamos nossos candidatos, sobre como
a política é esculhambada? As falas dos candidatos já não dizem tudo?
Mudando de
assunto: Seria Michael Phelps o primo rico e menos maltratado pela vida de
Carlito Tevez?
E dizem que
Phelps está analisando qual seria a melhor proposta de possíveis namoradas. As
medalhas de ouro e a exposição na mídia são capazes de fazer milagres. Tirem as
medalhas, coloquem uma touca de torcida organizada, uma caixa de suflair em
suas mãos e o joguem dentro de um vagão de trem saído de Itapevi, e vejamos se
choverá mulher na horta do nerd (tenho inveja sim, e daí!?) das piscinas.
Assim que as
Olimpíadas terminarem, essa página fará uma análise fria e objetiva sobre a
participação brasileira nos jogos. Mas adianto que tivemos de tudo, como vocês
têm visto: de cavalo manco a vara perdida, de piadas involuntárias dos
locutores e sonoplastas a derrotas vexatórias em esportes coletivos, sem falar
das rasteiras do destino em nossos atletas...
Um comentário:
O que podemos fazer???
Brasil-sil-sil-sil!!!!!rs
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