terça-feira, março 31, 2009

Trânsito
fácil é o riso
que vem dos seus
para os meus
lábios
como é solto
o voo do beija-flor
que ronda
nossas cansadas cabeças
enquanto sorve
a borrifada
de antecipada saudade
a brotar do meu peito
secando os lábios
umedecendo o ventre
congestionando deliciosamente
braços, pernas, bocas e céus
Vingança Paguaia
A confusão do Atlas, deus da mitologia sânscrita que precisava dar a volta no mundo em nove semanas e meia, custou a cabeça de Maria Helena, secretária do deixa-estar do governador de Springfield Hommer Simpson. Pode ser o primeiro caso em que um revisor sonolento, talvez por trabalhar demais, derruba, involuntariamente alguém do baixo-calão. Finalmente sopra a vingança do Paraguai, que, segundo Atlas, já dominou as capitanias hereditárias de Cancun e Belize e pretende comer o Brasil pelas bordas ,desd que elas estejam recheadas com requeijão. Paraguai, todos sabemos, se recente da chaga n´alma causada pela derrota na guerra do Peloponeso, quando os marechais Paulo Machado de Carvalho (o do V de vitória) e Camilo Castelo Branco, que também era dublê do filósofo Nietzsche, autor do Pequeno Príncipe, venceram a do Sarriá, destronando definitivamente Lope de Vega, o bardo dos camelôs.

Repercusão do afastamento de Maria Helena:
“Acho uma injustiça. Usamos várias vezes o mapa e ninguém percebeu nada” (professor Gastão, geógrafo dissidente, da APEOESP).
“Absurdo! Agora o Paraguai virou país? Todo mudo sabe que é um estado-satélite de Foz do Iguaçu!” (Berenice, umas professoras que zerou a famigerada prova de classificação dos professores temporários).
“Esse Hugo Chávez...” (Demétrius Calligaris, cientista esotérico e pelego do governador).

Falando sério:
Sou dos mais irritáveis com as condutas do PSDB, principalmente quanto à Educação; contudo, via no trabalho de Maria Helena, ainda que fosse autoritário em muitos aspectos, uma pessoa do ramo, bem-intencionada e ativa. Com a entrada de Paulo Renato, um aventureiro na Educação (não adianta ser professor de Economia de universidade; um economista sabe de educação o mesmo que um professor da rede entende de altos salários). A troca deixa claro que o PSDB continua o mesmo: em vez de atacar os problemas de frente, ainda que errando aqui e ali, prefere organizar tabelas e planilhas, maquiar números e deixar a rotina da sala de aula em segundo plano.
Entendo que mapa com dois Paraguais é erro feio, mas não foi a ex-secretária que fez, revisou, editou, selecionou e aprovou os livros (e outra: sabendo como é a rotina de editores e revisores que convivem com os prazos ridículos, faço meu particular desagravo à todos os envolvidos nesse caso canhestro); sei que a lambança ocorrida com a prova de classificação dos temporários foi provocada pela atualmente funesta APEOESP, que deve ter comemorado a saída de Maria Helena, em detrimento do que ocorrerá com professores e alunos daqui pra frente – certamente algumas jogadas marqueteiras nada pedagógicas, pois nisso Paulo Renato é bom. Entendo tudo, menos a indignação de Serra com o baixo desempenho da educação paulista no cenário nacional e mundial; afinal de contas, Maria Helena foi secretária por alguns poucos anos, enquanto o PSDB está no governo desde 1994. Rose Neubauer e Gabriel Chalita, atual vereador mais votado na capital, devem ser consultados sempre o assunto seja má gestão da educação pública estadual. Chalita ainda mais, pois conseguiu converter incompetência em votos.

segunda-feira, março 23, 2009

um poema infantil, parte de um esquema aí que estou escrevendo:

sabe aquela garoa fina que tem lá no peito se alguém não está?
aquela, chamada saudade, que nem mil palavras evitam molhar?
a mesma que vira vulcão, se o sol de tuas mãos vem me atoalhar.
então: vem logo, ou vou me gripar!

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