terça-feira, outubro 04, 2011

Rafinha Bastos, Ricardo Teixeira e disenterias

Sabem o que Ricardo Teixeira e Rafinha Bastos têm em comum? Disenteria.
Tirando os que têm algum tipo de boquinha na CBF, ninguém admira Ricardo Teixeira. Calendários bizarros do futebol brasileiro, descaso com o povo, a torcida, uma foto clássica na qual ele está com o pé sobre o próprio troféu da Copa do Mundo, em 1994, no avião, negociatas relativas à Copa do Mundo no Brasil, denúncias de corrupção em escala mundial, tudo isso faz do senhor Teixeira uma pessoa sem muita admiração. Nem com as copas que o Brasil ganhou em sua administração, nem parece que nada é capaz de fazer sua popularidade aumentar.
Ele pouco se lixa. Está entronizado no poder, ao que tudo indica, enquanto viver, ou enquanto lhe for conveniente. Parece que ele é um dos homens mais poderosos do Brasil e pronto. Os cartolas, quase todos, têm o rabo preso demais para desentronizarem o caudilho. Azar o nosso. Recentemente, em demonstração de poder equivalente às paradas militares que costumam acontecer em países sob regimes ditatoriais, disse que estava “cagando” para as denúncias contra ele. Faz o que quer, não dá satisfação a ninguém e pronto.
Rafael Bastos surgiu na televisão em um programa que apareceu fazendo alarde, por ser, diziam, inteligente. O programa popularizou-se, mas alguns de seus integrantes, sempre que faltava criatividade, partiam facilmente para a grosseria.
Sempre haverá quem ria de piadas escatologias, grosseira, racistas, preconceituosas, arrogantes. Rafinha Bastos e Danilo Gentile acarretaram fãs. Fizeram sucesso, conquistaram fãs, muitos deles adolescentes cheios de arrogância e desdém pelo próximo. Quem se incomodou com a baixaria promovida por Rafinha e Gentile logo foi chamado de “politicamente coreto”, “chato” e outras coisas menos educadas.
Rafael Bastos foi considerado uma das pessoas mais influentes do mundo, e ficou ainda mais dono da razão. Além do programa de humor, ganhou outro, de reportagens, onde de vez em quando mandava alguns lances de demagogia, como vestir-se de morador de rua ara denunciar o descaso da população para com os desabrigados. E soltava cada vez mais grosserias, achando que vale tudo para quem é influente, tem fãs, sucesso. Fez piadinha com o suicídio de Leila Lopes. Tirou sarro de órfãos Ofendeu apresentadoras de televisão, ridicularizou obesos, manteve o nariz empinado e, para nos fazer rir, fez piada sobre vítimas de estupro e disse que “comeria” uma mulher grávida e o bebê junto.
Semana passada, em um programa de televisão, disse para as pessoas que “ficaram frustradas, ou mesmo tristes” com as suas piadas: “saí de Porto Alegre com um único intuito: dar orgulho pros meus pais, e isso estou conseguindo. Pro resto, eu estou cagando”.
Não quero falar sobre os pais do Rafinha, não sei qual é o tipo de orgulho que eles podem ter do filho. Mas esse último ato de demagogia acabou revelando o que o cara traz dentro de si: começou a frase apelando para um suposto apego à família, como se fosse um camponês faminto que sai de casa em busca de uma vida digna na cidade grande – e de pobre, Rafinha só tem mesmo é o espírito – pra terminar dizendo que pouco se lixa para os que se magoam, se frustram, se machucam com suas piadinhas.
Ricardo Teixeira e Rafinha Bastos sofrem do mesmo mal. Pena que não haja fralda que dê conta de tanta sujeira que o ego deles produz.

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