sexta-feira, dezembro 23, 2011

O Natal vem de Cuba

A cada ano fica mais difícil chegar a dezembro e entrar no tal “espírito natalino”. As festas, as compras, as contas, as expectativas para o próximo ano, as perdas, as filas, o calor, o alto custo da felicidade agendada e obrigatória, tudo isso vai minando a genuinidade emocional do momento.
Claro, para as crianças tudo é mais fácil – ao menos para as crianças cujas famílias podem garantir um mínimo de conforto – mas um adulto também pode se emocionar com os sinos, as árvores, os panetones, o velhinho barbudo. Aliás, ou muito me engano ou até o Papai Noel tem perdido espaço em nosso imaginário.
Festa pagã, consumista, show de exibicionismo e de generosidade calculada, para expurgar pecados e parecer solidário. Parece que o Natal virou só isso.
Mas então, preocupado com os pagamentos, as compras – e a falta de grana para pagamentos e compras – com as férias curtas e de poucas possibilidades e principalmente carente do tal “espírito natalino”, leio no twitter a citação do livro de Isaías feita por um pastor batista cubano @maritovoz : CRISTO #saludacuba Frases de Isaias 9: NO HABRA SIEMPRE OSCURIDAD PARA LA QUE ESTA AHORA EN ANGUSTIA... EL PUEBLO EN TINIEBLAS VIO GRAN LUZ.
Um nascimento capaz de nos manter acesa a esperança de que as trevas não serão eternas, mesmo em Cuba, mesmo em mim. Foi aí que o “espírito natalino” me visitou, colocando em minha boca palavras fora de moda, ridicularizadas, como amém, aleluia, Maranata!
Quem percebe as trevas, celebra a chegada da luz. Feliz Natal!

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