quarta-feira, dezembro 21, 2011

Aos sete anos o primeiro Natal

A rua enfeitada
Com tiras de plástico e sinos de isopor
Em todos os portões entravam sorrisos e saíam rancores
O presépio da Dinha, de Bombril e algodão
Os vizinhos abraçados brindavam esperanças
As crianças celebrando sob mesas e árvores
Próspera alegria, até para quem não cria no menino Cristo
Para mim
Mais do que todas as luzes da noite clara,
Brilhava
Nos rótulos das garrafas
Nas caixas de presentes
Nas TVs desbotadas:
Todas as letras do alfabeto
Que eu finalmente sabia ler.

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